Skip to content

      Alunorte começa a operar primeira caldeira elétrica

      Projeto faz parte do compromisso global da Hydro de reduzir 30% das emissões próprias até o ano de 2030.

      Caldeiras elétricas na refinaria de alumina da Alunorte
      Caldeiras elétricas na refinaria de alumina da Alunorte no Brasil podem reduzir as emissões de carbono com caldeiras elétricas. (Foto: Hydro)

      O compromisso da Hydro para tornar as operações da empresa neutras em emissões de carbono até 2050 segue em curso e uma das iniciativas prioritárias é a mudança da matriz energética da refinaria de alumina, localizada no município de Barcarena, no Pará. Como parte desta estratégia, uma nova caldeira elétrica, com tecnologia mais moderna e maior capacidade, está entrando em operação na Alunorte, a partir de um investimento de cerca de R$ 42 milhões. A capacidade nominal de geração da nova caldeira é de aproximadamente 95 toneladas de vapor por hora, consumindo 60 megawatts e com potencial para redução na ordem de 100 mil toneladas de CO2 por ano.

      O projeto foi executado em cerca de 20 meses e, inicialmente, a caldeira vai operar com energia comprada do mercado. Já está sendo estudado o investimento em energia renovável por meio de joint-ventures e compras de longo prazo. Além disso, a empresa estuda a adição de mais duas caldeiras elétricas, com expectativa de iniciar a operação em 2024.

      “A inovação e o desenvolvimento de tecnologia são os principais facilitadores dos processos livres de CO2. Nossas ambições para o futuro são de reduzir nossas próprias emissões globalmente em 10% em 2025 e 30% em 2030. Este projeto tem papel importante na estratégia climática global da companhia”, afirmou Carlos Neves, diretor de operações de Bauxita & Alumina, da Hydro.

      Gás natural

      alunorte_sq

      Uma matriz energética mais verde na Alunorte é um capacitador-chave da estratégia climática global da Hydro e dessas metas. Para tanto, também está em andamento um projeto focado na substituição do óleo combustível por gás natural na refinaria.

      Em 2021, a Hydro anunciou a decisão de investir R$ 1,3 bilhão em um projeto de implementação do gás natural liquefeito (GNL) na Alunorte. A empresa assinou contrato com a New Fortress Energy (NFE) com o objetivo de receber fornecimento de GN por 15 anos.

      Com base nisso, a Alunorte, que já é uma referência em eficiência energética no setor do alumínio, está sendo preparada para a troca de combustível, investindo ainda mais na refinaria para adaptar o processo de calcinação e parte da geração de vapor para passar do óleo combustível ao gás natural como fonte de energia. Ele será iniciado no primeiro trimestre de 2022 e tem a previsão de entrar em operação em 2023.

      Biomassa

      acai

      Outra iniciativa que também está sendo realizada é o estudo para uso do caroço de açaí como biomassa. O resíduo do açaí será misturado ao carvão mineral para uso como combustível nas caldeiras da Alunorte. Energia renovável com ampla oferta no Pará, o caroço do açaí como biomassa está sendo pesquisado em parceria com a Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Pará (UFPA). Com duração de um ano e investimento de cerca de R$ 500 mil, a pesquisa analisará os requisitos técnicos e econômicos para uso do caroço em escala industrial, além de estudar o aspecto social e ambiental da biomassa como um combustível renovável.

      O Estado do Pará lidera a produção e a exportação mundial da polpa de açaí e alcançou a produção de cerca de 1,1 milhão de toneladas do fruto em 2019, segundo a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento do Pará (Sedap).

      Energia limpa também em Paragominas

      pond

      Em 2021, foi anunciada uma pesquisa sobre o uso de placas solares na mina de bauxita da Hydro em Paragominas (PA). A Universidade Federal do Pará (UFPA) irá realizar estudos com um sistema fotovoltaico flutuante em tanques de testes na Mineração Paragominas. Um dos objetivos principais é possibilitar a redução da evaporação da água dos reservatórios da planta, além de oferecer uma nova fonte de energia capaz de atender parte do consumo próprio da mina. O investimento inicial no projeto é de cerca de R$ 1 milhão e a pesquisa tem duração de dois anos.

      Elena Brito Pantoja

      Elena Brito Pantoja

      Communication and Public Affairs, Hydro Bauxite & Alumina