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A água da chuva que cai dentro da área da refinaria da Alunorte é normalmente coletada e processada na estação de tratamento da refinaria antes de ser liberada no rio Pará. No entanto, durante e após as fortes chuvas em fevereiro, a fim de gerir a situação e preservar o tratamento da água proveniente dos depósitos de resíduos de bauxita, a Alunorte descartou a água da chuva da área da refinaria, que estava parcialmente tratada, como uma medida emergencial. Isso foi feito através de um canal de água antigo (“Canal Velho”), cuja utilização não foi autorizada pela SEMAS. Houve também dois incidentes onde a água não tratada da chuva foi liberada a partir da área da refinaria.

Solicitamos à consultoria ambiental SGW Services que analisasse o impacto ambiental desses três incidentes e a SGW concluiu que eles não foram prejudiciais às comunidades locais.

Imagem de satélite da refinaria Alunorte Foto: Google Earth
Imagem de satélite da refinaria Alunorte Foto: Google Earth

1. Área da refinaria 
2. Depósito de resíduos de bauxita DRS1
3. Depósito de resíduos de bauxita DRS2
4. Descarte de água licenciado para o Rio Pará
5. Estação de Tratamento de Efluentes Industriais

Imagem de satélite da refinaria Alunorte Foto: Google Earth
Imagem de satélite da refinaria Alunorte Foto: Google Earth

A. Descarga não licenciada através do Canal Velho
B. Área inundada e tubo fora de uso 
C. Galpão de armazenamento de carvão

Descarga da água da chuva através do “Canal Velho”

Durante as fortes chuvas, as bacias de contenção usadas para coletar o excesso de água da chuva que cai dentro da refinaria estavam atingindo a capacidade máxima, assim como a estação de tratamento de efluentes. A Alunorte, portanto, escolheu descarregar a água da chuva parcialmente tratada através do Canal Velho, para aliviar a pressão sobre a estação de tratamento de efluentes. Isso foi feito em 17 de fevereiro e periodicamente entre 20 e 25 de fevereiro.

A estação de tratamento de efluentes da Alunorte é utilizada tanto para o tratamento de toda a água da chuva que cai na área da refinaria, quanto para a água drenada dos depósitos de resíduos de bauxita. A descarga de água da chuva da área da refinaria foi feita como uma medida de emergência para garantir que a estação de tratamento de água teria capacidade suficiente para processar e tratar toda a água que teve contato com os depósitos de resíduos de bauxita.

O pH da água da chuva foi tratado na entrada do Canal Velho, antes de ser liberada e depois misturada à água que sai da estação de tratamento, bem como à água da superfície da planta de alumínio da Albras.

A Alunorte possui licença da Agência Nacional de Águas (ANA) para utilizar o Canal Velho e solicitou licença à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (SEMAS), para fazer uso desse canal em emergências, mas a licença não havia sido concedida no momento da inundação.

A consultoria ambiental SGW Services, que mais tarde estudou o impacto das fortes chuvas, afirmou que a decisão da Alunorte de liberar a água da chuva foi a melhor alternativa naquela situação.

A Hydro contratou a consultoria ambiental SGW Services para analisar o possível impacto ambiental da descarga. A SGW Services constatou que essa descarga no Canal Velho não trouxe impacto ao rio Pará.

A Alunorte notificou a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) sobre o uso do Canal Velho, mas, naquele momento, não informou às comunidades locais sobre essa ação.

Pedimos desculpas às comunidades locais sobre nossa falta de informação para com eles e melhoramos nossos planos de emergência para que isso não aconteça novamente.

Água da chuva vazou através de rachaduras em um duto selado na área da refinaria

Durante uma inspeção na Alunorte, em 18 de fevereiro, foi descoberto um duto da época da construção da refinaria que estava em desuso, em um setor conhecido como “Área 45”. Esse duto não estava mais em uso e deveria ter sido totalmente vedado, mas tinha rachaduras finas em sua cobertura de concreto. Durante as fortes chuvas, a área ficou inundada quando as bombas quebraram em consequência a uma queda de energia. À medida que a água se acumulava, penetrava pelas rachaduras no duto desativado até o outro lado da cerca da refinaria.

Depois que o duto foi lacrado, a Alunorte contratou a consultoria ambiental Enviro-Tec para analisar a água e o solo fora da área da refinaria. A Enviro-Tec concluiu que a água da chuva que havia vazado através desse duto não causou impacto negativo ao solo.

A consultoria ambiental SGW Services também concluiu que o vazamento desse duto não alcançou ou causou qualquer contaminação no rio Murucupi.

O tubo em questão foi usado originalmente durante a construção daquela área na Alunorte, mas não está em uso desde então. A Hydro imediatamente fechou o tubo, quando a inspeção apontou isso.
O tubo em questão foi usado originalmente durante a construção daquela área na Alunorte, mas não está em uso desde então. A Hydro imediatamente fechou o tubo, quando a inspeção apontou isso.

Descarga da água da chuva do telhado do galpão de armazenamento de carvão

Havia uma conexão não licenciada entre o galpão de armazenamento de carvão da refinaria da Alunorte e um canal de drenagem licenciado da planta de alumínio primário Albras. Isso significa que a água da chuva que caiu na área de armazenamento de carvão da Alunorte não foi levada à estação de tratamento de água, mas sim fluiu através desse canal interno para o rio Pará. Um influxo adicional de água para o canal da antiga área de armazenamento de hidratos também foi descoberto. Ambos os influxos de água para esse canal interno foram fechados quando foram descobertos.

Galpão de armazenamento de carvão durante inspeção em março de 2018
Galpão de armazenamento de carvão durante inspeção em março de 2018